O Banco Safra obteve, nesta segunda-feira (14/10), a autorização do Banco Central (BC) para o funcionamento de sua fintech de crédito, a Safra Sociedade de Crédito Direto (SCD). A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Com isso, a fintech poderá operar de forma independente, utilizando recursos próprios para conceder crédito no mercado.
Detalhes da Autorização e Operações
A Safra SCD inicia suas atividades com um capital social de R$ 7 milhões. O controle direto é exercido pelo Banco Safra S.A., enquanto os controladores indiretos são membros da família Safra: Alberto Joseph Safra, David Joseph Safra, Esther Safra Dayan, Jacob Joseph Safra e Vicky Safra. A fintech tem sede em São Paulo (SP) e amplia a atuação do Grupo Safra no mercado financeiro, focando em soluções digitais para concessão de crédito e serviços financeiros.
Além da autorização para operar com crédito usando recursos próprios, a fintech também poderá emitir moeda eletrônica, o que significa que poderá gerenciar contas de pagamento pré-pagas. Essa modalidade é amplamente utilizada para oferecer serviços de carteira digital, facilitando transações por meio de saldo pré-carregado. A licença concedida pelo BC permite ainda que a Safra SCD seja emissora de instrumentos de pagamento pós-pago, como cartões de crédito, e atue como iniciador de transações de pagamento (ITP). Essa última função permite que a fintech inicie pagamentos em nome de seus clientes, conectando diretamente suas soluções com o Open Finance e o Pix.
Crescimento do Setor de Fintechs no Brasil
A autorização da Safra SCD é mais um reflexo do crescimento expressivo do setor de fintechs de crédito no Brasil. Desde a regulamentação das Sociedades de Crédito Direto (SCD) pelo BC, em 2018, o número dessas instituições vem aumentando rapidamente. Em dezembro de 2022, o país contava com menos de 100 SCDs. Hoje, já são cerca de 130 fintechs autorizadas, evidenciando o dinamismo e a atratividade desse segmento para grandes e pequenos players do mercado financeiro.
Na última sexta-feira (11/10), o Banco Central também aprovou a operação de outras duas SCDs: Divi e BFC, destacando o forte ritmo de crescimento das fintechs no país. Esses novos participantes reforçam a diversidade de ofertas financeiras no Brasil, com foco em soluções de crédito digital que prometem aumentar a inclusão financeira e tornar o acesso ao crédito mais ágil e acessível.
Integração com o Open Finance e Pix
O movimento do Banco Safra não é isolado. Desde dezembro do ano passado, o banco já operava como Iniciador de Transação de Pagamento (ITP) via Pix dentro do ecossistema de Open Finance. O Safra uniu-se aos demais grandes bancos que exploram a inovação no sistema financeiro aberto, promovendo maior eficiência nas transações financeiras e melhorando a experiência do usuário.
O lançamento da Safra SCD não só reforça a aposta do Banco Safra no mercado digital, como também indica que grandes instituições estão de olho nas oportunidades geradas pelas fintechs de crédito. Com a oferta de soluções digitais e a integração com o Open Finance, a Safra SCD pode impulsionar ainda mais a inovação financeira no Brasil.
Conclusão
O lançamento da Safra SCD, com o apoio do Banco Central, reflete a evolução do mercado financeiro brasileiro e a crescente importância das fintechs no cenário econômico do país. Com foco em serviços digitais e crédito direto, a Safra SCD promete trazer inovações significativas, oferecendo novas alternativas de crédito e soluções financeiras que podem beneficiar tanto empresas quanto consumidores.
A expansão do número de SCDs no Brasil também demonstra o apetite de investidores e grandes bancos em explorar novas tecnologias financeiras, à medida que o sistema financeiro aberto e o Pix continuam a moldar o futuro do setor.